sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

A Very Murray Christmas e os filmes de Natal



Os especiais de natal fazem falta. Todo ano pessoas, com 20 anos ou mais, assistem a filmes como Home Alone (Esqueceram de Mim), How the Grinch Stole Christmas (O Grinch), Die Hard (Duro de Matar), The Nightmare Before Christmas (O Estranho Mundo de Jack), entre outros. Esses filmes permanecem muito vivos até hoje, pessoas adoram reve-los, apresenta-los para novas pessoas e guarda-los para tirar da estante (agora Netflix) no próximo natal. Mas existem novos filmes natalinos de real importância? A Very Murray Christmas é um deles?


A primeira pergunta é simples de responder: Não. Os filmes natalinos e os especiais de natal morreram junto da televisão ou até mesmo antes. Na verdade, especiais referentes a datas especificas, em terras brasileiras, perderam a forca muitos anos. A grande avalanche de filmes de terror no Halloween acabou alguns anos atrás na TV aberta e poucos canais a cabo ainda tem essa tradição, filmes de páscoa tiveram poucos anos de existência, Natal era realmente a época mais fervorosa e mesmo assim caiu no limbo das produções dos estúdios de cinema/TV. Atualmente o mês de dezembro atrai muitos especiais de Natal, ao invés de filmes solos construírem uma historia e personagens sozinho eles atrelam a temática natalina a narrativas já construídas e estabelecidas, a própria Netflix adora trazer essa temática.

Agora a segunda pergunta é mais complicada por uma série de motivos. Misturando a estética do cinema natalino baixo orçamento junto do exagero de palco dos especiais em programas de TV americanos e a mão nada firme de Sofia Coppola, podemos ver nascer, de forma rápida e com poucos escorregões, um experimento divertido e caótico. Alguns podem até dizer que o filme usa sua meta-linguagem para mostrar quem realmente é Bill Murray, e que ele é tão legal quanto se pensa só que mais depressivo e estressado. É impossível saber ao certo do que tudo realmente se trata até os segundos finais, Sofia cria 3 atos claros e contextuais, tudo levado de maneira bem simples para criar os momentos musicais, todo roteiro tem foco nas situações musicais, todo o resto é anedota.



O que vai decidir o valor de A Very Murray Christmas para o natal é a simples e pura sorte, como todos os outros filmes citados no texto tiveram, esses filmes são feitos para durar um ano ou dois, não vinte anos. Porem, todos os filmes que sobreviveram tem algo em comum: A mensagem sobre o Natal, a boa mensagem, sincera e do fundo do coração de alguém que realmente enxerga o valor de tudo aquilo.
Você sente isso naqueles segundos finais de A Very Murray Christmas?




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