quinta-feira, 5 de março de 2015

Whiplash


O filme com mais coração e mais humano do Oscar alcança um nível inesperado.



(Bem vindos a 2015, prometo ser mais presente.)


Damien Chazelle é tecnicamente um estreante, e mesmo assim ele não tem medo de colocar seu coração em sua obra. Whiplash é dirigido com maestria e sentimentalismo, uma combinação perigosa que funciona apenas com os verdadeiros amantes do cinema. Usando com estilo narrativo onde não é preciso explicar cada detalhe da história em linhas de dialogo Chazelle encanta e se faz entender mesmo para uma plateia não acostumada com esse tipo de escolha, ele não precisa criar uma cena de 2min com várias linhas de dialogo onde vai narrar o perfeccionismo, pontualidade, rigidez e comprometimento do condutor Terence Fletcher, só é preciso mostrar o relógio, um casaco perfeitamente passado e uma postura extremamente firme e precisa quando se empunha a batuta. Realmente não é o tipo de construção que o grande publico esta acostumado a ver, mas o diretor consegue se mostrar um professor extremamente didático.




Com uma montagem sem enrolação utilizando somente elementos cruciais para a narrativa de forma fria e certeira Tom Cross (Editor do longa), mostra uma competência muito além do que seus trabalhos anteriores (Wrong Turn, Crazy Heart, TwoLovers, etc...) mostravam.

Resumo meus comentários sobre a mixagem e a edição de som em simples palavras: Craig Mann, Ben Wilkins e Thomas Curley são excelentes juntos.



Não existem argumentos negativos válidos quando o assunto é ir assistir Whiplash, principalmente no cinema ou em uma sala com Home Theater, é um filme que merece atenção e muito publico, principalmente em locais onde a comédia de piadas fracas impera na bilheteria.

Whiplash é algo que você não espera.

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