Jake Gyllenhaal,
figura carimbada em várias produções pseldo-cults volta em sua parceria com
Denis Villeneuve após “The prisioners” para trazer um filme que não é
pseudo-cult e promete dar nós em várias cabeças.
Bem vindos ao
mercado de filmes complexos! Nossos filmes seguem a linha de: Donnie Darko,
Solaris, The tree of life, Antichrist,
Inland Empire e o final de 2001: A Space Odyssey. Nossos clientes são muito
chatos e tentam dar explicações a coisas que simplesmente não tem sentido algum
e alimentam uma indústria de filmes caros e que provavelmente vão causar
aneurisma cerebral em alguém um dia.
Enemy não se
encaixa no “mercado de filmes complexos”, mas é um primo distante que deu certo
na vida e que um dia vai causar um aneurisma em alguém.
Enfim, bora
começar:
"A história
se repete como farsa", dizia Marx. Com essa frase o filme se inicia, e a
grande história ilusória envolvendo um professor universitário que encontra seu
clone enquanto assistia um filme ira ser contada. Com uma estética pálida, uma
montagem as vezes confusa mas proposital, a atuação contida de Gyllenhaal e
direção competente e madura.
As vezes clichê e
usando técnicas de roteiro que poderiam ser repensadas em tentativas de criar um
suspense a lá “The prisioners” tiram a atenção de quem assiste a fatos mais
importantes da trama para curtir aquele momento angustiante que o filme atinge
seu ápice próximo ao catatônico fim.
Em uma nota onde
o que é medido na balança seja: metalinguagem, simbolismo, estética e mistério,
ENEMY atinge o 5 estrelas supremo como um filme que exige muita atenção e
conhecimento interpretativo de quem assiste. Agora em uma nota onde se avalia o
filme como um todo. ENEMY dificilmente passa de 3 estrelas e dificilmente
alguém assiste o suficiente para se entreter sem ficar entediado.
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