Em uma época onde o cinema corta ou altera partes de obras já consagradas apenas para baixar a classificação indicativa e faturar alguns milhões a mais, filmes como La Vie D'Adèle (Azul é a cor mais quente) são usados como instrumento para dar um tapa na cara do cinema comercial.
Azul não merece a palma de ouro em Cannes, pois trata de um tema saturado e não é original em nenhum ponto, já que é baseado em um livro, e mesmo no universo da literatura o tema é saturado. Mas Azul se destaca graças a sua excelente protagonista e cenas que fazem referência ao azul como o tom dominante e referência a personagem Emma (destaque a cena da praia) que se torna parceira de Adèle.
O filme é passado através dos olhos de Adèle, em todas as cenas ela está presente e em todas as cenas ela é a voz de destaque, e assistimos como Adèle muda durante o filme, como a extrema dúvida, felicidade e tristeza afetam como ela se porta durante o filme, a protagonista continua fisicamente a mesma durante todo o filme, mas sua postura em relação ao ambiente onde ela está muda frequentemente.
Não posso me estender mais sem dar spoilers e acabar com a experiência, não existe muito o que dizer sobre esse filme que não esteja relacionado a estética, portanto, em considerações finais: La Vie D'Adèle é um filme que precisa ser visto. Não é um filme que merece o festival de Cannes, mas ganhou por falta de concorrentes que normalmente o festival possui.
Ele não irá mudar sua vida e muito menos o seu jeito de pensar igual o trailer promete, mas são 3hrs de um bom entretenimento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário